sexta-feira, 23 de novembro de 2012

É ISSO AÍ...


É isso aí!
As coisas mudaram muito entre nós.
Nossa vida era simples e boa quase sempre.
Não mais...

É isso aí!
Cada um segue seu caminho
Cada um ouve sua própria voz
Cada um tenta continuar sua própria vida
Sem o outro...

Quando foi que paramos de nos olhar?
Quando você deixou de me olhar?
Quando foi que você soltou minha mão
E não se importou mais?
Será que cansamos de nos olhar?
Não quero parar de te olhar...

É isso aí!
Quero acreditar que há milagres
Quero acreditar que ainda há uma chance
Quero acreditar que tudo era verdade
E que não acabou...

É isso aí!
Colheremos ainda mais flores
E mostraremos ao mundo o tamanho do nosso amor
Que não é mentiroso...

Sei que por um momento eu parei de te olhar
Sei que por um momento você parou de me olhar
Mas eu não quero parar de te olhar
Eu preciso te olhar
Não vou parar de te olhar...



terça-feira, 16 de outubro de 2012

EDECIVALDO



Eu preciso de você.
Dependo do seu carinho.
Esqueço o tempo quando estou em seus braços.
Carinho e cuidado como os seus não há.
Invento motivos para ficar só mais um pouquinho com você.
Viajo em nossos momentos.
Amo viver ao seu lado, como sua esposa.
Louvo a Deus por ter me dado você de presente.
Decido todos os dias estar com você, e te fazer bem.
Oro ao Pai Celestial para abençoar sua vida, pois estarei com você até o fim e seremos abençoados juntos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

AS PALAVRAS E EU

Quero escrever…. Preciso escrever… Mas as palavras não saem de mim… Eu não as deixo livres…
Estamos brigadas…. as palavras e eu…. não concordamos mais…
Elas me trairam, disseram o que eu não disse, criaram voz própria…
Eu, por não confiar mais nelas, calo-me.
Elas, em contrapartida, sufocam-me.
Por isso, cá estou, brigando com as palavras, brigando comigo mesma, tentando prendê-las, tentando soltá-las…. sem saber o que fazer e o que dizer.
Houve um tempo em que eramos amigas … as palavras e eu… nos entendiamos muito bem.
Eu dizia e elas entendiam. Eu nem precisava dizer tudo, pois elas entendiam.
Elas expressavam exatamente o que eu sentia, o que eu via, o que eu queria dizer. Eramos como almas gêmeas, sempre em sintonia, sempre em harmonia.
Hoje não nos entendemos mais. Digo uma coisa e preciso ficar dando explicações, pois as palavras não são mais suficientes, não são mais claras, não entregam a mensagem como antigamente.
Estou com medo das palavras. Medo de dizer o que penso e sinto, medo de abrir a cortina da minha alma, pois as palavras bagunçaram tanto minha casa que tenho até vergonha de que vejam o que foi feito de mim.
Por isso, mais uma vez, calo-me. Depois do silêncio, volto a calar-me.
As palavras apertam minha garganta até não mais poder respirar, fazendo-me sentir como se fosse desmaiar de angústia. Apesar disso, continuo calada. Prefiro morrer a deixá-las soltas novamente.
Aqui, deixei-as escapar por um pouco, mas já me arrependo da desordem que causarão. Mas, neste momento, elas foram mais fortes que eu.
As palavras e eu… uma relação inexplicável de amor e ódio… de carinho e ofensa… de tristeza e esperança…
Quem sabe um dia isso se resolverá… essa coisa… as palavras e eu… quem sabe?
No momento, calo-me!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE

Queria que você soubesse
Que meu amor por você não morreu, mas tenho tentado com todas as minhas forças reduzí-lo, para não sofrer mais.
Queria que você soubesse
Que sinto muita saudade das nossas conversas e risadas juntos, da nossa amizade tão cheia de amor e carinho.
Queria que você soubesse
Que apesar das feridas que ainda sinto doer em minha alma, alguns sonhos são mais fortes e ainda resistem às pressões da circunstância e se recusam a morrer.
Queria que você soubesse
Que a sua imagem ocupa meu pensamento todas as horas do dia, mesmo quando estou com raiva ou chateada.
Queria que você soubesse
Que ainda desejo viver todas as promessas e sonhos que nos fizemos, que recebemos de Deus, e que agora parecem tão distantes de nós.
Queria que você soubesse
Que sinto muita falta do seu carinho desinteressado, aquele mesmo que me conquistou há uns anos atrás, mas parece ter sumido do nosso meio.
Queria que você soubesse
Que muito se perdeu nesse caminho torto que pegamos, muito mais do que consigo te dizer agora, e muito mais ainda do que eu imaginaria que pudessemos perder um dia.
Queria que você soubesse
Que não vou desistir de continuar tentando, até que eu te tenha de volta, completo, só meu, sem medo, sem traumas, voltar a ser um como já fomos, para desta vez nunca mais te deixar.
Queria que você soubesse
Que ainda ouço o som da sua voz me dizendo "puro carinho é você", e nada nem ninguém vai roubar esses momentos bons da minha memória.
Queria que você soubesse
Que, embora eu não diga isso com a minha boca, minha vontade é gritar todos os dias: EU TE AMO! EU SEMPRE TE AMEI! NÃO VOU DESISTIR DE VOCÊ!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

15 ANOS

Recostada na cabeceira da cama, com o coração disparado pela ansiedade, ela aguarda a noite chegar. Ainda é cedo e só lhe resta esperar que o tempo seja generoso e passe logo. Seus longos e lisos cabelos castanhos estão enrolados, embalados em mechas, e isso a impede de sair e até mesmo limita seus movimentos. Enquanto espera, viaja pelas páginas de um livro que chegou em suas mãos nem sabe como. É sobre um pássaro que decide fugir aos padrões de sua espécie, decide voar mais alto, ainda que sozinho, e aproveitar de coisas que seus amigos e parentes desconhecem por não ousarem sair da zona de conforto.
Enquanto lê, a menina vislumbra as cenas, sente o cheiro do mar, ouve os sons das gaivotas. E viaja. Imagina-se rompendo barreiras, conquistando novos horizontes, ambientes ainda não explorados. Em sua mente, vive situações, experimenta novos sabores, sente o perfume dos lugares, das pessoas. Imagina-se estudando em uma boa faculdade, namorando um príncipe encantado, escrevendo livros de poesias, filhos, sucesso, felicidade. E viaja...
As horas custam a passar, as pessoas entram e saem a todo momento, alvoroçadas na organização da festa que acontecerá logo mais, conversam alto, riem. Mas nada imterrompe o sonho da menina, imaginando-se adulta,  linda e bem sucedida. Afinal, é isso que significa fazer 15 anos, não é? O ritual de passagem da menina que se tornará moça, pronta para a sociedade. Deixará as bonecas para planejar seu futuro e sua família. Deixará as brincadeiras para trabalhar. Deixará a sapatilha para calçar os sapatos de salto alto. Deixará de sonhar para começar a viver seus sonhos.
"Se o destino é o infinito, o caminho é nas alturas." A menina lê isso e imagina-se vivendo isso. É esse o destino que deseja, é isso que vai buscar. Seus olhos brilham, encantados com o leque de possibilidades que se abrem à sua frente. E como o pássaro da história, ela voa, voa alto, voa longe.
Posso te ver pela janela, menina, no auge de sua beleza e formosura, em sua mais tenra juventude, em seus sonhos mais puros. Também posso ver seus segredos e seus medos, inseguranças, incertezas. Posso vê-la nesse quarto, ansiosa, sonhadora. Posso vê-la agora, que o tempo já passou depressa demais, muito mais do que você poderia prever.
Linda debutante, assim como o pássaro, você vai descobrir que voar alto não é fácil e dói. Você vai sentir o peso em suas asas, o cansaço chegando, a fadiga tomando conta. Também irá perceber que muitas vezes o céu é de bronze, e que a queda de um vôo que parecia tão maravilhoso pode deixar marcas dolorosas.
Ouça o que o pássaro te diz, menina. "Não se preocupe em tomar uma decisão certa... pois ela não existe".
Contudo, não desista de sonhar, não desista de buscar, não deixe de voar.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SEGUINDO

Olhando para trás ela não consegue acreditar que tenha chegado até ali. O caminho não foi nada fácil, e boa parte dele também não foi agradável.
Pés feridos pelos espinhos no caminho; joelhos esfolados pelas inúmeras quedas; mãos calejadas pelo peso da bagagem que carrega; olhos inchados e molhados por lágrimas de amarguras, tristezas e decepção.
Ela não está caminhando agora. Decidiu para um pouco, descansar. Não consegue dar mais nenhum passo e nem sabe ainda para onde ir. Bebe um pouco de água buscando algum alívio. Não tem forças para continuar. Nem vontade. Por isso está sentada à beira do caminho, embaixo de uma pouca sombra que encontrou. E assim, olha para trás, para o caminho que já passou.
Os sons que a faziam dançar com as borboletas estão tão distantes que já nem podem ser ouvidos. Tudo agora é silêncio e o sol não aquece como antes. As flores são raras, a beleza pouca.
Lembra-se dos atalhos, dos caminhos tortos, dos espinhos que deixaram cicatrizes, dos buracos que a derrubaram, da dificuldade de seguir, de retornar, do medo do incerto, o arrependimento, o choro. Ainda agora, lembrando de tudo o que passou, sente seu coração disparar apertado, consegue sentir novamente toda a dor vivida nesses momentos, nesse trecho do caminho.
Esforça-se para lembrar das flores, do perfume agradável, das músicas alegres, das danças, das promessas. Mas as imagens que lhe aparecem são confusas e embaçadas. E os sentimentos bons que esse trecho do caminho lhe causou não passam de uma vaga lembrança.
- Engraçado como a dor devora a alegria - pensa consigo, esboçando um sorriso amarelo. Não há ninguém para compartilhar esse pensamento, nem o sorriso.
Olha para o chão e deixa escapar uma lágrima solitária. Não consegue chorar tudo o que tem vontade. Apenas uma única lágrima tímida cai aos seus pés, manchando a terra seca.
Ela sabe que precisa continuar, mas não quer. Não sente vontade de seguir em frente, mas não pode voltar atrás. Tenta olhar para o caminho que ainda lhe resta, mas não consegue defini-lo. Seus olhos estão cansados e não enxergam além de poucos passos. Seus pés estão feridos e se recusam a caminhar. A bagagem é pesada, mas ela não consegue simplesmente abandoná-la. A bagagem está em seu coração e sua mente.
Com pouca vontade e muito esforço, levanta-se. tenta ajeitar o vestido rasgado e sujo, sacudir a poeira da estrada. Ergue a cabeça em direção ao caminho incerto e desconhecido. Espera que haja surpresas boas e agradáveis, quem sabe até flores, ou talvez um fruto doce e cheiroso. Talvez seja melhor não esperar muita coisa, pois assim não se decepcionará novamente.